Brasil
Os governantes de Brasil participarão na reunião dos Estados do Grupo BRIC: Brasil, Rússia, India e China, que com mais de 2.700 milhões de habitantes -perto da metade da população mundial- querem estar cada vez mais presentes na consideração e resolução dos problemas mundiais. Os brasileiros falarão em galego-português.
O interrogatório do PP
O Governo interroga aos pais dos alunos sobre se querem que os seus filhos aprendam em espanhol em lugar de faze-lo na lingua própria. Tratam uma língua nacional como se fosse alheia e malvada. Em Galiza isto resulta especialmente perverso, porque os membros do Governo autónomo, se são de origem galega, ainda não falando habitualmente a língua do país têm necessariamente pais ou avós que viviram falando galego, de maneira que podem estar a tomar a decisão de negar não apenas o idioma oficial que o é, senão também a língua da sua familia, esmagando a cultura dos seus. E se sem terem esta origem contam com a cidadania galega, ou sem a ter trabalham aquí, são bem temerários ao constituirem-se em praticantes directos desde o Governo de tal acção política repressora. Eles que negam o galego desta terra, dizem que as linguas não se podem impor. A ninguém se lhe ocorreria aduzir isso sobre o espanhol em Madrid, o sueco em Estocolmo ou o húngaro em Budapest. Não é possível que vivam sem serem conscientes da ignominia que levam a cabo. Agora bem podem sair com o rabo entre as pernas.
A folga do metal em Vigo
A força impressionante dos 40.000 trabalhadores do metal na província de Pontevedra une as tradição de luita de uma classe operária que combateu em prol dos direitos sociais e a liberdade democrática frente à Ditadura com a nova realidade da sociedade galega. Não é fácil encontrar uma cidade que no seu tamanho relativo disponha da maturidade económica e social de Vigo. Desde logo não na Península Ibérica. A batalha pelo convénio colectivo que afecta a 24.000 traballhadores e implica a todos os demais tem raices reivindicativas e consequências nas que se joga o futuro de toda a sociedade. Trata-se de melhorar as condições de trabalho e os salários e também de luitar contra a crise e a rapinha do capital querendo absorver crescentemente os froitos do esforço de todos. A teimosia de uma parte dos empresários contra os operários do metal tem tanto a ver com as reivindicações concretas e imediatas como com a sua tentativa de derrotar a uma clase operária certa da sua razão.
A demografia de Galiza
O Governo autónomo sustentado polas organizações da esquerda não estableceu objectivos comúns inequivocamente diferenciadores a respeito dos conservadores. Nem siquer determinou uma política destinada a superar o declinio demográfico da sociedade galega, o principal problema da nação. Um problema provocado por uma marginação politica e económica de séculos, que agora tem como uma causa determinante a ausencia de apoio às mulheres e às familias. Uma parte substancial do Orçamento autonómico deveria ter esse destino, batendo contra todas as causas da queda demográfica -ha experiências abondas em toda Europa-, e fazendo disto o elemento central da política do Governo, muito por diante de calquer outro.
Camilo Nogueira Román naceu en Lavadores (Vigo) en 1936. Enxeñeiro industrial e economista, foi eurodeputado polo BNG entre os anos 1999 e 2004.